abril 26, 2011

"Livres e Iguais" no Teatro da UFSC


Está de volta aos palcos de Florianópolis um dos mais belos espetáculos da história do teatro catarinense: ?Livres e iguais?, Teatro de Formas Animadas do grupo Teatro sim... por que não??!. A peça fica em cartaz no Teatro da UFSC de 29 de abril a 29 de maio, com apresentações às sextas, sábados e domingos, sempre às 20h30.


Com base na Declaração Universal dos Direitos Humanos, ?Livres e iguais? promove uma reflexão acerca dos direitos básicos do ser humano, apresentando um contexto de violação em que bonecos espelham a realidade de seres de carne e osso. Também conhecida pelo título ?A manipulação dos direitos humanos?, a peça explora o cotidiano de pessoas obrigadas a sobreviver do lixo, disputando trabalho e um lugar para morar, em um questionamento poético, e às vezes melancólico, sobre os princípios da dignidade humana.

?Esta montagem do grupo nasceu do desejo de expressar nossa inconformidade diante da exclusão social cada vez mais evidente, em que temos a sensação de que o ser humano vale pouco ou nada?, explica um dos diretores do espetáculo, o professor de Artes Cênicas da UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina), Nini Beltrame.
Originalmente escrito por Perito Monteiro para ser encenado por atores, o texto que inspirou o grupo foi redefinido para a proposta do teatro de bonecos, em que são privilegiados elementos como ação, movimento e síntese. A história não tem diálogos e é contada através de imagens de lirismo e poesia, explorando o papel delicado e fundamental da emoção como mediadora entre o público e os objetos.
Confeccionados a partir de lixo industrial, especialmente peças de automóveis, os bonecos ganham vida na manipulação realizada pelos atores Ana Paula Possapp, Leon de Paula, Júlio Maurício, Nazareno Pereira formados pelo curso de Artes Cênicas do Centro de Artes (CEART) da UDESC, ao lado de Valdir Silva.


A montagem do espetáculo tem roteiro e direção de Nini Beltrame, Júlio Maurício e Nazareno Pereira. Na técnica estão Marcos Pacheco, Ismar Medeiros e Mariana Cândido, graduada em Artes Cênicas pelo CEART/UDESC.
O espetáculo ?Lives e iguais? fez sua estréia em 1999 e, desde então, realizou mais de 250 apresentações no Brasil e na França (Biennale Internationale des Arts de la Marionnette), atingindo um público superior a 40 mil pessoas. Em mais de dez anos de circulação, recebeu mais de dez prêmios em festivais nacionais e internacionais, entre eles o de melhor espetáculo do Festival Internacional de São José dos Campos do ano de 2000.

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